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Segunda-feira, 12 de Fevereiro de 2007

Mutilação Genital Femenina

 

Relato de uma MGF

 

Em 1996, Stephanie Welsh ganhou o prémio Pulitzer de Fotografia pelo que os membros do júri consideraram ser uma chocante série de fotografias. As fotos captavam imagens do ritual de MGF praticado à jovem de 16 anos Seita Lengila em Wemba , uma pequena cidade do Quénia, e chamou atenção para esta controversa cerimónia praticada em sociedades tribais.

 

            O livro “Mulheres e Direitos Humanos”, publicado pela Amnistia Internacional, também faz o relato de uma MGF :

 

“A rapariguinha, completamente nua, é imobilizada na posição de sentada num banco baixo por pelo menos 3 mulheres. Uma delas com os braços, muito apertados, à volta do peito da criança; as outras  duas mantêm abertas as pernas da criança à força de modo a abrirem bem a vulva. Os braços da criança são amarrados atrás das costas ou imobilizados por duas outras convidadas.

(...) Em seguida a velha tira a lâmina e extirpa o clítoris. Segue-se a infibulação: a operadora corta com a lâmina o lábio menor de cima a baixo e em seguida raspa a carne do interior do lábio grande. Esta ninfectomia e raspagem são repetidas do outro lado da vulva. A criancinha grita e contorce-se de dor, apesar da força exercida sobre ela para ficar sentada.Excisão feita a uma menina de 7 anos

A operadora limpa o sangue das feridas e a mãe, assim como as convidadas, “verificam” o seu trabalho, por vezes pondo lá o dedo. A intensidade da raspagem dos lábios grandes depende da habilidade “técnica” da operadora. A abertura que é deixada para a urina e para o sangue menstrual é minúscula.

Depois a operadora aplica uma pasta, assegura-se que a adesão dos lábios grandes fica feita através de um pico de acácia, que fura um lábio passando através deste para o outro. Desta maneira enfia 3 ou 4 na vulva. Estes picos são depois mantidos nesta posição com uma linha de coser ou com crina de cavalo. Volta-se a pôr pasta na ferida.

Mas tudo isto, não é o suficiente para garantir a união dos lábios grandes; por isso a rapariguinha é então atada a partir do pélvis até aos pés: faixas de tecido enroladas como uma corda imobilizam completamente as pernas. Exausta, a rapariguinha é depois vestida e deitada numa cama. A operação dura de 15 a 20 minutos segundo a habilidade da velha e a resistência que a criança oferecer.”

.

Perto destas barbaridades os meus problemas parecem-me tão insignificantes...

É totalmente horrivel o percurso destas jovens "mulheres" que são barbaramente mutiladas a sangue frio e que ainda crianças (12 ou 13 anos) são forçadas a casar, sendo que o pequeno orificio genital que lhes foi deixado apenas para o fluxo menstrual e urina será rasgado pelo marido á força ou se este não conseguir assim penetrar, corta a costura com uma faca e serve-se brutalmente do corpo da pequena "mulher" que ficará gravida ainda criança e no parto rasgará as costuras e voltará a colar e o marido voltará em pouco tempo a "abri-la" para seu regalo sexual...

É dificil imaginar o que sentem estas mulheres que são usadas brutalmente em nome da tradição. Chegam a mutilar as crianças logo enquanto bebés de dias....e aquando a primeira menstruação são rápidamente entregues para o casamento, pelo dinheiro ou pelo medo que venha a engravidar solteira.

Segundo li, em Portugal ainda existe, entre o povo vindo de Africa, quem defenda a excisão femenina, e que leve as crianças "de férias" ao país natal para praticar-la, são já muito poucas as crianças que sofrem esta mutilação dentro do nosso país, mas basta que seja uma só criança para que já seja demais!!


publicado por Sancha às 23:20

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10 comentários:
De sew a 11 de Março de 2007 às 09:25
isso parece mais que e putaria hen?


De Anónimo a 11 de Março de 2007 às 09:26
nao isso e apenas uma coisa chocante que acontece neste atrasado mundo


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